terça-feira, 1 de novembro de 2011

Verdadeira comunhão

O que existe em nós de mais semelhante
É aquilo que guardamos no não dito
Naquilo que se pensa de esquisito
Nos momentos de face sem semblante

E o que fica escondido, o mais brilhante
Lacrado nas tolices que eu repito
É o que pode ser por demais bonito
Novas peças p'rum trocado implante

Pois esse abraço bom que no peito canta
É encherto pra alma que de um jeito planta
Vida ao coração que queimando bate

Olhar que com o mundo assim se encanta
Traz corpo firme que agora levanta
Se tornando com toda e qualquer parte

Iluminado

Ouve momentos que vi quem eu sou
Fogo de palha que sempre passou
Na sobra um rastro de luz repentina
Feixe de raio no vão da campina

Potência de luz que a mim se mostrou
Fagulha veloz que sempre apagou
Voltou pr'uma glória que forte ilumina
Deixando um querer que nunca termina

Porém descobri o tal mal da cegueira
Vento bem forte que joga a poeira
Noite sem lua que faz clarear

O jeito é fazer a própria fogueira
Acho que a vida tem sua maneira
Segue seu tempo pra se revelar